quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Psicodelia sem pó


Cinema lotado na primeira semana de 'Meu nome não é Johnny', fato causador de uma visão psicodélica do filme... os únicos lugares pra se sentar acompanhado eram na primeira fila e é de lá que se cria uma nova perspectiva de filme: rostos alongados, som exageradamente alto e a tela pronta pra te engolir!!

Se a catárse é aquela sensação de estar dentro da história, não há instrumento mais catártico que uma primeira fila de cinema... você só volta a realidade quando ouve aquela gargalhada coletiva ecoando pelo ambiente. Sim, pois, embora o filme trate de um drama familiar, momentos engraçados não faltam e estão todos pautados na fala! Não aparece ninguém pelado ou com uma torta na cara, o filme segura todo seu humor nas palavras, nos diálogos (e depois ainda me perguntam porque gosto tanto de trabalhar com Línguas...).

Agora a dica pra quem gostou do filme é ir atrás do livro. Eu já havia lido anteriormente graças a uma amiga e lhe fui muito agradecida, é realmente bom e, embora não tenha tantas tiradas que te façam dar muita risada, possui maior aprofundamento na vida carcerária de João (sim, porque o nome dele não é Johnny...rs.) e nos apontamentos da juíza. Nem melhor, nem pior, livro e filme são peculiarmente bons.

p.s.1: "Fuck you?! Fuck TU!!"
p.s.2: endereço do blog de divulgação:
p.s.3: endereço do blog do João Guilherme Estrella:

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Macaco Cósmico Azul

Persevero com o fim de brincar
Transcendendo a ilusão
Selo o processo da magia
Com o tom cósmico da presença
Eu sou guiado pelo poder da visão
'O amor é o círculo infinito de brincar com a magia da vida.'

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

"É duro evitar o chavão quando se vive um"





Olhos fechados:

um leve sorriso se debruça em meus lábios. Já não é um beijo... é uma "outra eternidade em potencial", é um "novo espaço-tempo".


Olhos abertos:

Não é um sonho. Não há mente mais criativa (e nem mais repetitiva) do que os acasos da realidade... é você.

Teus olhos... "dentro deles eu me vi";

teu olhar... "outra eternidade em potencial";

e um novo sorriso... "Beija eu, beija eu... beija eu, me beija!"

"Anoiteça e amanheça eu."


... repito a velha história dos jovens amantes...

É o homem e a mulher, seu ciclo. E eu me reciclo... com você.


E alguém me pergunta 'e daí?'

"Mas é que do meu ponto de vista

É como um novo universo que se cria

Bem no meu quintal."


p.s.1: intertextualidade com "Olhos de Jabuticaba", do Lulu, e "Beija eu", da Marisa Monte.
p.s.2: a imagem é do quadro "Beijo Bom", de Walfran Guedes.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

"o trem que chega é o mesmo trem da partida"

Hoje foi um dia especial por dois motivos. Por ordem cronológica:
-- Publicação no jornal de homenagem a Delani Aparecida Alves (29/09/1965 - 17/12/2007). Bom saber que mesmo não sendo avisada a tempo de ir ao velório desta companheira de profissão, pude ver minhas palavras juntas a de minha mãe e da própria homenageada destacando sua jornada;
-- Conhecer e me apaixonar perdidamente pela Maria Eduarda!!!
Não se trata de um relacionamento afetivo homossexual, por favor... trata-se de uma titia muito feliz por conhecer a 'pequena notável' -- na verdade, nada pequena... ela é um bebê muito desenvolvido para seus poucos dias de vida -- filha da Kethelyn e do Marcos.
Já sorri, já estica os braços, já expressa suas vontades... e já desperta um amor imenso naqueles que têm a oportunidade de sentir o calor de seu frágil corpo entre os braços.
Sei que falar de amor à primeira vista é clichê, por isso prossigo falando sobre meu sentimento por essa menininha...
Duda, eu já te amava antes de você nascer!
Você é linda!! ... e junto a tantos rostinhos que já iluminam nossos dias, o seu nos fará levantar a cabeça diante da desilusão pois há um mundo lindo a ser construído pra você!
Anexo: Publicação de homenagem em O POPULAR DO PARANÁ (Araucária, 21 de dezembro de 2007).
A notícia da morte de Delani pegou todos de surpresa. Que isto seja apenas uma passagem... e que você encontre a luz, colega e amiga querida.
A contadora de histórias da Secretaria Municipal de Educação de Araucária sempre teve uma paixão inebriante pela literatura infanto-juvenil, não só pelos livros, mas também pela cultura oral, que ela tanto apreciava. Projetos unindo gerações em rodas de histórias, bibliotecas enfeitadas, eventos abertos com aquela voz que invadia docemente nossas mentes.
"Lembro do meu espanto ao me dar conta de que a vida era feita de todos os dias. Sei que pode parecer algo tolo, mas nem tanto. Quantas vezes nos deixamos levar pela rotina, esperando pelo grande dia, ganhar na loteria, encontrar o grande amor, mandar aquilo (ou aquele) que nos aprisiona para o espaço.
Entretanto, a trama que tece o tempo que nos cabe aqui na Terra é de outra natureza. Compete a cada um de nós tornar significativo cada momento com sua carga de mistério, encanto, dor e alegria." - Delani Alves
Delani, tua vida é uma bela história. Somos gratos por compartilhá-la conosco.
(Sec. Mun. de Educação)

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

versão original do perfil

Um dia estava lembrando de vários trava-línguas pra passar numa folha de atividades, pra minha mãe poder usar com as alunas de Pedagogia... aí tive essa idéia de escrever algo sobre o tal dos 'quebra-queixos', afinal somos todos tão contraditórios quanto eles:
"Sou Stella Bello, assim como minha avó.
Quem é Stella Bello?
É a mãe de meu pai. É a filha de meu pai, Diogo Bello - se bem que, às vezes, mais parece que sou sua mãe...
Diogo Bello é o filho dele, meu irmão mais velho.
Sou a irmã mais nova do Bello, a filha do Diogo.
Lúcia, minha mãe. Sou filha dela, me deu à luz. Quero iluminar a vida dela também.
Sou afilhada de minhas duas madrinhas e madrinha de minhas duas afilhadas.
Tenho uma gata.
Conto a todos que sou dona dela, mas sabemos que a dona é ela e a criatura sou eu.
Sou criada dela enquanto a trato como minha cria.
Serei eu a dona de minha dona?
Que tal a gata da minha gatinha?
E as pulgas? São só dela, só minhas ou dividimos??
Meus amigos me chamam de amiga, é que sou amiga de meus amigos.
Sou aluna de meus professores e professora de meus alunos, mas em certas ocasiões é o inverso.
Os filmes me assistem, as músicas me ouvem, os livros me lêem e a dança mexe comigo. Procuro retribuí-los.
Moro dentro da cidade que vive em mim.
Vivo em Curitiba e Curitiba mora dentro de mim.
São todos meus amores. Espero inspirar amor aos meus amores.
Serei eu um trava-língua? Um quebra-queixo??
Tagarelarei?
Mafagafarei os três tigres ao preclaro preto de Pedra Preta?
Que se desenladrilhe o céu enladrilhado.
Que se desengabirobe o pé de gabiroba bem gabirobadinho!
Que se desarcebispoconstantinopolize o monopólio do arcebispo de Constantinopla!!
Tá?
Tá.
Faço cachos em meus cabelos lisos - na verdade, são ondulados - enquanto tento desembaraçar as idéias enroladas desta minha cabeça."